terça-feira, 13 de outubro de 2020

 

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.

 

Morto!Morto!   Ele morrreuuuu!!!   Eu morri !!!

Eu saudoso Brás Cubas ... que morri ... e este é meu velório!

Bem e como eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, não sei se começo pelo início ou pelo fim.

Querem saber vou aproveitar que já estão ali mesmo começo pela morte que foi em agosto de 1869, tinha uns sessenta e quatro anos, bem velho pra época, uma pneumonia! Tinha que ter um remédio para esta doença, mas para esta ainda não....

 

Mas para curar a nossa melancólica humanidade vou inventar o Emplasto Brás Cubas e não vejo a hora de ver impresso nos jornais, mostradores, esquinas, serei muito famoso....vai ser incrível!!

VÍDEO

BCM: Virgilia minha querida, andas visitando defuntos?

Virgília: Ora defuntos! Que ideias essas! Olha que não volto mais, morrer Todos nós havemos de morrer basta estarmos vivos.

BCM: Sua visita me agrada muito, afinal quantos anos!

 

Virgília: Jesus! Já é muito tarde. Vou-me embora.

BCM: Já!

Virgília: Já; virei amanhã ou depois.

BCM: Não sei se faz bem, o doente é um solteirão e a casa não tem senhoras...

Virgília: E sua irmã?

BCM: Há de vir cá passar uns dias, mas não pode ser antes de sábado.

Virgília: Estou velha! Ninguém mais repara em mim. Mas, para cortar dúvidas, virei com o meu filho Nhonhô. E agora preciso ir

BCM: Então Ficarei te esperando, não tenho onde ir.

 

Divagando pelo palco

 

BCM: Onde estamos? Será este um delírio? Já passamos o Éden. Bem; paremos na tenda de Abraão. Mas se nós caminhamos para trás! Quem és tu que me apareces

segunda-feira, 18 de abril de 2016